Os programas parentais têm como objetivo fornecer aos pais competências para melhorar o relacionamento com os filhos, lidar com riscos, imprevisibilidades, incertezas e promover resiliência.
Gerir o equilíbrio entre a vida familiar e profissional, conciliando diferentes papéis e objetivos, é uma tarefa complicada. Soma-se a isso alguns mitos, como o da existência de pais e mães perfeitos ou da necessidade de superproteção das crianças e jovens.
Na realidade, não existe uma parentalidade perfeita. Existem mães e pais que tentam fazer o melhor possível para os filhos(as), oferecendo-lhes, dentro de suas circunstâncias, afeto, confiança, segurança e estrutura.
A pertinência deste programa está associada ao número crescente de casos que surgem nos consultórios de crianças com problemas, frequentemente reflexo de uma parentalidade inadequada e/ou uma conjugalidade pouco funcional.
Este programa visa auxiliar os casais parentais a promoverem e restabelecerem uma aliança parental — ou como é atualmente designada, a coparentalidade — uma vez que há sempre filhos envolvidos. São geralmente situações complexas que envolvem vertentes sociais, económicas e psicológicas, onde nem sempre a conjugalidade e a parentalidade estão interligadas.
A conjugalidade, por definição, refere-se à díade conjugal e constitui um espaço de apoio ao desenvolvimento familiar. “O casal surge quando dois indivíduos se comprometem numa relação que pretendem que se prolongue no tempo” (Relvas, 1996).
A parentalidade refere-se às funções executivas de proteção, educação e integração na cultura familiar das gerações mais novas. Ressalve-se que estas funções podem estar a cargo não só dos pais biológicos, mas também de outros familiares ou até de pessoas externas à família (Sousa, 2006).
A coparentalidade, por sua vez, distingue-se dos aspetos românticos e sexuais da conjugalidade e mede o grau de envolvimento e cooperação entre os pais no cuidado da criança (Abidin e Brunner, 1995). Esta continua até à idade adulta (Groenendyk & Volling, 2007), embora diminua com a saída de casa e formação de uma nova família (Margolin, Gordis & John, 2001), não apresentando um desenvolvimento linear: é marcada por avanços e recuos ao longo do tempo.
Carga Horária: 12horas
Horário de Sessões: 3ªs Feiras: 18h00 às 20h00
Modelo de Evento: Presencial Local: CIADIP | Sala: Ginásio
Sessão 1: Início da jornada parental
Sessão 2: O eu e o ser pai/mãe
Sessão 3: Construção de uma autoestima positiva
Sessão 4: Estilos educativos e comunicação parental
Sessão 5: Comunicação e a expressão de sentimentos
Sessão 6: A criança e o mundo das emoções
Sessão 7: Limites e regras e os comportamentos desafiantes
Sessão 8: Reconhecer e controlar o descontrolo
Sessão 9: Importância do brincar/lazer
Sessão 10: Pessimismo vs otimismo: impacto na parentalidade
Sessão 11: Linguagem do otimismo na parentalidade
Sessão 12: Reflexão e conclusões sobre o Parentalidade ++
O presente programa é destinado aos utentes do CIADIP, encaminhados pelos serviços públicos judiciais, serviços da Segurança Social de apoio à família, serviços de Comissão e Proteção de Menores e/ou semelhantes.
Designação da ação Formativa | PARENTALIDADE ++ (Programa para casais parentais) |
Forma de Organização da ação | PRESENCIAL |
Horário | 18h00-20h00 |
Formador(a) | Dr.ª Teresa Clara |
Duração da Formação | 12 h |
Vagas limitadas: | 10 pessoas |
Sessão | Data |
1 e 2 | 4 de fevereiro de 2025 |
3 e 4 | 11 de fevereiro de 2025 |
5 e 6 | 18 de fevereiro de 2025 |
7 e 8 | 25 de fevereiro de 2025 |
9 e 10 | 11 de março de 2025 |
11 e 12 | 18 de março de 2025 |
Teresa Clara é licenciada em Psicologia da Educação e em Terapia Ocupacional com especialização também na área de Gerontologia (2005).
A sua carreira iniciou-se na área de Psicologia, ainda da Universidade Lusófuna de Humanidades e Tecnologia (1996 e 1999) nos projetos internacionais de investigação Da Vinci e Sócrates, ligados à educação ao longo da vida. Entretanto surgiram novos desafios e colaborou em diversas empresas no recrutamento e seleção de pessoal, em particular na seleção de técnicos de nível superior, em diversas áreas, para projetos de engenharia. Posteriormente, abriu o seu espaço próprio em Carcavelos tendo em consideração que a sua paixão pela área da educação e aprendizagem, em particular na importância do desenvolvimento de competências que promovam a autonomia e a independência pessoal. A Licenciatura Bietápica em Terapia Ocupacional que concluiu em 2009, permitiu-lhe atuar em múltiplos níveis, tanto no contexto educacional como terapêutico, ajustando-se às necessidades de cada indivíduo de forma personalizada.
Na APERCIM e na CERCITOP, 2014-2024, elaborou planos de intervenção personalizados para crianças, jovens e adultos orientados para a autonomia e inclusão através da colaboração interdisciplinar, com especialistas de diferentes áreas e as repetivas famílias.
Desde 2005, é uma das formadoras certificadas pelo IEFP, demonstrando a sua competência em cursos de formação orientados para diferentes públicos, nas áreas de prevenção, desenvolvimento de competências pessoais, sociais e de comunicação, tendo sido uma influencia positiva
Valor: 18€/Sessão
Rua João de Deus, 36, 2710 - 579 Sintra
R. Armando de Sousa lote 17 loja AB, 3030-403 Coimbra