Alzheimer

Perturbação NeurodegenerativaAlzheimer

O Que é o Alzheimer?

O que é o Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma perturbação neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente pessoas idosas. Caracteriza-se por uma deterioração cognitiva gradual, que inclui perda de memória, dificuldades de comunicação e alterações no comportamento. Esta doença resulta da acumulação anormal de placas de beta-amilóide e emaranhados de tau no cérebro, levando à morte de células nervosas e à atrofia cerebral. O Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando cerca de 60 a 70% dos casos.

Tipos de Alzheimer

  1. Alzheimer de Início Tardio:

    • É o tipo mais comum, geralmente manifestando-se após os 65 anos.

    • Está frequentemente associado a fatores genéticos, ambientais e ao envelhecimento.

  2. Alzheimer de Início Precoce:

    • Surge antes dos 65 anos, representando uma forma mais rara.

    • Muitas vezes está ligado a mutações genéticas herdadas.

  3. Alzheimer Familiar:

    • Uma forma hereditária e rara da doença, geralmente de início precoce.

    • Está associada a mutações em genes específicos, como o APP, PSEN1 e PSEN2.

O diagnóstico do Alzheimer baseia-se numa combinação de avaliações clínicas e exames complementares:

  1. Histórico Clínico:

    • Relato de sintomas e antecedentes médicos.

    • Informações fornecidas por familiares ou cuidadores são fundamentais.

  2. Exames Cognitivos e Neuropsicológicos:

    • Testes como o Mini Exame do Estado Mental (MMSE) ajudam a avaliar as funções cognitivas.

  3. Exames de Imagem:

    • Tomografia Computorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM) para identificar alterações estruturais no cérebro.

    • Tomografia por Emissão de Positrões (PET) para detetar a presença de beta-amiloide.

  4. Exames Laboratoriais:

    • Avaliação de biomarcadores no líquido cefalorraquidiano (LCR), como beta-amiloide e tau.

  5. Exclusão de Outras Causas:

    • Investigação de outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como deficiência de vitamina B12 ou distúrbios da tiroide.

Fatores de Risco

  1. Idade: O risco aumenta significativamente após os 65 anos.

  2. Histórico Familiar: Ter familiares diretos com Alzheimer eleva a probabilidade de desenvolvimento da doença.

  3. Fatores Genéticos: Presença de variantes como o gene APOE-ɛ4 aumenta o risco.

  4. Doenças Cardiovasculares: Hipertensão, diabetes e colesterol elevado podem contribuir para o desenvolvimento.

  5. Traumatismos Cranianos: Lesões graves na cabeça estão associadas a maior risco.

  6. Sedentarismo e Dieta Pouco Saudável: Hábitos de vida pouco saudáveis podem influenciar negativamente.

  7. Baixo Nível de Educação: O nível de escolaridade mais baixo está associado a um maior risco de demência.

  8. Isolamento Social e Depressão: Fatores psicossociais também podem ter impacto.

  9. Consumo de Álcool e Tabaco: Hábitos prejudiciais podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Embora não haja cura para a Doença de Alzheimer, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença.

1. Tratamentos Farmacológicos:

  • Inibidores da acetilcolinesterase: Donepezilo, rivastigmina e galantamina ajudam a melhorar a transmissão entre os neurónios.

  • Antagonistas dos recetores NMDA: A memantina reduz os efeitos do excesso de glutamato, protegendo os neurónios.

  • Medicamentos para sintomas comportamentais: Antidepressivos ou ansiolíticos para gerir sintomas como ansiedade, depressão ou agitação.

2. Intervenções Não Farmacológicas:

  • Terapia Cognitiva: Exercícios para estimular a memória e as capacidades cognitivas.

  • Terapia Ocupacional: Ajuda na adaptação das atividades do dia-a-dia para promover a autonomia.

  • Terapias Complementares: Atividades como musicoterapia e arteterapia podem melhorar o bem-estar.

3. Apoio Psicossocial:

  • Grupos de apoio: Para doentes e cuidadores partilharem experiências.

  • Educação do cuidador: Orientação para lidar com os desafios diários da doença.

4. Adaptações ao Estilo de Vida:

  • Dieta equilibrada: Uma alimentação rica em frutas, vegetais e ómega-3 pode beneficiar a saúde cerebral.

  • Exercício físico regular: Melhora a função cardiovascular e a saúde geral.

  • Manutenção de rotinas: Estabelecer horários consistentes para reduzir a confusão.

9 Sinais de Alzheimer

  1. Perda de memória que afeta a vida quotidiana: Esquecimento de informações recentes ou eventos importantes.

  2. Dificuldade em planear ou resolver problemas: Problemas em seguir receitas ou gerir contas.

  3. Dificuldade em realizar tarefas familiares: Esquecimento de rotinas diárias, como cozinhar ou conduzir.

  4. Desorienta****ção no tempo e no espaço: Perder-se em locais conhecidos ou esquecer datas importantes.

  5. Problemas de linguagem: Dificuldade em encontrar palavras ou manter uma conversa.

  6. Perda de objetos: Colocar coisas em lugares incomuns e não conseguir encontrá-las.

  7. Julgamento reduzido: Tomada de decisões inadequadas, como gastar dinheiro de forma irresponsável.

  8. Isolamento social: Evitar atividades sociais ou deixar de praticar hobbies.

  9. Mudanças de humor e personalidade: Tornar-se confuso, desconfiado, deprimido ou ansioso.


 

A gestão da Doença de Alzheimer exige uma abordagem multidisciplinar e um suporte contínuo para melhorar a qualidade de vida do doente e dos cuidadores.