A doença de Alzheimer é uma perturbação neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente pessoas idosas. Caracteriza-se por uma deterioração cognitiva gradual, que inclui perda de memória, dificuldades de comunicação e alterações no comportamento. Esta doença resulta da acumulação anormal de placas de beta-amilóide e emaranhados de tau no cérebro, levando à morte de células nervosas e à atrofia cerebral. O Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando cerca de 60 a 70% dos casos.
Alzheimer de Início Tardio:
É o tipo mais comum, geralmente manifestando-se após os 65 anos.
Está frequentemente associado a fatores genéticos, ambientais e ao envelhecimento.
Alzheimer de Início Precoce:
Surge antes dos 65 anos, representando uma forma mais rara.
Muitas vezes está ligado a mutações genéticas herdadas.
Alzheimer Familiar:
Uma forma hereditária e rara da doença, geralmente de início precoce.
Está associada a mutações em genes específicos, como o APP, PSEN1 e PSEN2.
O diagnóstico do Alzheimer baseia-se numa combinação de avaliações clínicas e exames complementares:
Histórico Clínico:
Relato de sintomas e antecedentes médicos.
Informações fornecidas por familiares ou cuidadores são fundamentais.
Exames Cognitivos e Neuropsicológicos:
Testes como o Mini Exame do Estado Mental (MMSE) ajudam a avaliar as funções cognitivas.
Exames de Imagem:
Tomografia Computorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM) para identificar alterações estruturais no cérebro.
Tomografia por Emissão de Positrões (PET) para detetar a presença de beta-amiloide.
Exames Laboratoriais:
Avaliação de biomarcadores no líquido cefalorraquidiano (LCR), como beta-amiloide e tau.
Exclusão de Outras Causas:
Investigação de outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como deficiência de vitamina B12 ou distúrbios da tiroide.
Idade: O risco aumenta significativamente após os 65 anos.
Histórico Familiar: Ter familiares diretos com Alzheimer eleva a probabilidade de desenvolvimento da doença.
Fatores Genéticos: Presença de variantes como o gene APOE-ɛ4 aumenta o risco.
Doenças Cardiovasculares: Hipertensão, diabetes e colesterol elevado podem contribuir para o desenvolvimento.
Traumatismos Cranianos: Lesões graves na cabeça estão associadas a maior risco.
Sedentarismo e Dieta Pouco Saudável: Hábitos de vida pouco saudáveis podem influenciar negativamente.
Baixo Nível de Educação: O nível de escolaridade mais baixo está associado a um maior risco de demência.
Isolamento Social e Depressão: Fatores psicossociais também podem ter impacto.
Consumo de Álcool e Tabaco: Hábitos prejudiciais podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Embora não haja cura para a Doença de Alzheimer, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas e retardar a progressão da doença.
Inibidores da acetilcolinesterase: Donepezilo, rivastigmina e galantamina ajudam a melhorar a transmissão entre os neurónios.
Antagonistas dos recetores NMDA: A memantina reduz os efeitos do excesso de glutamato, protegendo os neurónios.
Medicamentos para sintomas comportamentais: Antidepressivos ou ansiolíticos para gerir sintomas como ansiedade, depressão ou agitação.
Terapia Cognitiva: Exercícios para estimular a memória e as capacidades cognitivas.
Terapia Ocupacional: Ajuda na adaptação das atividades do dia-a-dia para promover a autonomia.
Terapias Complementares: Atividades como musicoterapia e arteterapia podem melhorar o bem-estar.
Grupos de apoio: Para doentes e cuidadores partilharem experiências.
Educação do cuidador: Orientação para lidar com os desafios diários da doença.
Dieta equilibrada: Uma alimentação rica em frutas, vegetais e ómega-3 pode beneficiar a saúde cerebral.
Exercício físico regular: Melhora a função cardiovascular e a saúde geral.
Manutenção de rotinas: Estabelecer horários consistentes para reduzir a confusão.
Perda de memória que afeta a vida quotidiana: Esquecimento de informações recentes ou eventos importantes.
Dificuldade em planear ou resolver problemas: Problemas em seguir receitas ou gerir contas.
Dificuldade em realizar tarefas familiares: Esquecimento de rotinas diárias, como cozinhar ou conduzir.
Desorienta****ção no tempo e no espaço: Perder-se em locais conhecidos ou esquecer datas importantes.
Problemas de linguagem: Dificuldade em encontrar palavras ou manter uma conversa.
Perda de objetos: Colocar coisas em lugares incomuns e não conseguir encontrá-las.
Julgamento reduzido: Tomada de decisões inadequadas, como gastar dinheiro de forma irresponsável.
Isolamento social: Evitar atividades sociais ou deixar de praticar hobbies.
Mudanças de humor e personalidade: Tornar-se confuso, desconfiado, deprimido ou ansioso.
A gestão da Doença de Alzheimer exige uma abordagem multidisciplinar e um suporte contínuo para melhorar a qualidade de vida do doente e dos cuidadores.
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