A “Happy Depression” (depressão feliz) é um termo que descreve pessoas que aparentam felicidade e funcionalidade, mas que enfrentam depressão profunda e muitas vezes ocultam a sua dor. Indivíduos nesta condição podem ter um risco aumentado de ideação suicida, pois os sinais externos de bem-estar podem mascarar sentimentos internos de desesperança e sofrimento. Este contraste dificulta que familiares e amigos reconheçam o perigo, atrasando o acesso a apoio. A combinação de um estado emocional interno frágil e a pressão para manter uma fachada de normalidade pode intensificar os pensamentos suicidas. Assim, é crucial estar atento a sinais menos óbvios e oferecer espaço seguro para que as pessoas expressem o que sentem realmente.
A ideação suicida refere-se a pensamentos persistentes ou recorrentes sobre acabar com a própria vida. Estes pensamentos podem variar em intensidade, desde considerações vagas sobre a morte até planos concretos para cometer suicídio. A ideação suicida não significa necessariamente que a pessoa irá agir sobre esses pensamentos, mas constitui um sinal de sofrimento emocional profundo e requer atenção imediata.
Nos adultos, a ideação suicida pode ter um impacto devastador, afetando tanto a saúde mental como a qualidade de vida. Esta condição está frequentemente associada a sentimentos de desesperança, isolamento e inutilidade. Pode prejudicar a capacidade de trabalho, os relacionamentos interpessoais e a participação em atividades quotidianas. A longo prazo, se não tratada, a ideação suicida pode levar a tentativas de suicídio ou ao suicídio consumado, com impacto devastador na família, amigos e na comunidade.
Os fatores de risco para a ideação suicida incluem tanto componentes psicológicos como contextuais. Entre os fatores psicológicos estão a depressão, ansiedade, perturbações de personalidade e abuso de substâncias. Contextualmente, eventos traumáticos, perda de entes queridos, isolamento social, dificuldades financeiras e desemprego podem aumentar o risco. Além disso, histórias de suicídio na família e acesso a meios letais também são fatores relevantes.
Terapia psicológica: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente utilizada para ajudar os indivíduos a identificar e modificar padrões de pensamento negativos. Outras abordagens, como a terapia interpessoal e a terapia dialética comportamental, também podem ser eficazes.
Intervenção em crise: Quando a pessoa está em risco imediato, podem ser necessárias intervenções de emergência, como hospitalização ou apoio em linhas de emergência.
Medicação: Antidepressivos e ansiolíticos podem ser prescritos para tratar condições subjacentes, como depressão ou ansiedade.
Apoio social: Promover redes de apoio e combater o isolamento é crucial. Grupos de suporte também podem ser úteis.
Plano de segurança: Desenvolver um plano que inclua identificar gatilhos, técnicas de autogestão e contactos de emergência.
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