Laço Amarelo - Prevenção Suicida

Ideação Suicída

Ideação suicida e a "Happy Depression"

A “Happy Depression” (depressão feliz) é um termo que descreve pessoas que aparentam felicidade e funcionalidade, mas que enfrentam depressão profunda e muitas vezes ocultam a sua dor. Indivíduos nesta condição podem ter um risco aumentado de ideação suicida, pois os sinais externos de bem-estar podem mascarar sentimentos internos de desesperança e sofrimento. Este contraste dificulta que familiares e amigos reconheçam o perigo, atrasando o acesso a apoio. A combinação de um estado emocional interno frágil e a pressão para manter uma fachada de normalidade pode intensificar os pensamentos suicidas. Assim, é crucial estar atento a sinais menos óbvios e oferecer espaço seguro para que as pessoas expressem o que sentem realmente.

O Que é a Ideação Suicída?

A ideação suicida refere-se a pensamentos persistentes ou recorrentes sobre acabar com a própria vida. Estes pensamentos podem variar em intensidade, desde considerações vagas sobre a morte até planos concretos para cometer suicídio. A ideação suicida não significa necessariamente que a pessoa irá agir sobre esses pensamentos, mas constitui um sinal de sofrimento emocional profundo e requer atenção imediata.

Nos adultos, a ideação suicida pode ter um impacto devastador, afetando tanto a saúde mental como a qualidade de vida. Esta condição está frequentemente associada a sentimentos de desesperança, isolamento e inutilidade. Pode prejudicar a capacidade de trabalho, os relacionamentos interpessoais e a participação em atividades quotidianas. A longo prazo, se não tratada, a ideação suicida pode levar a tentativas de suicídio ou ao suicídio consumado, com impacto devastador na família, amigos e na comunidade.

Os fatores de risco para a ideação suicida incluem tanto componentes psicológicos como contextuais. Entre os fatores psicológicos estão a depressão, ansiedade, perturbações de personalidade e abuso de substâncias. Contextualmente, eventos traumáticos, perda de entes queridos, isolamento social, dificuldades financeiras e desemprego podem aumentar o risco. Além disso, histórias de suicídio na família e acesso a meios letais também são fatores relevantes.

  1. Terapia psicológica: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente utilizada para ajudar os indivíduos a identificar e modificar padrões de pensamento negativos. Outras abordagens, como a terapia interpessoal e a terapia dialética comportamental, também podem ser eficazes.

  2. Intervenção em crise: Quando a pessoa está em risco imediato, podem ser necessárias intervenções de emergência, como hospitalização ou apoio em linhas de emergência.

  3. Medicação: Antidepressivos e ansiolíticos podem ser prescritos para tratar condições subjacentes, como depressão ou ansiedade.

  4. Apoio social: Promover redes de apoio e combater o isolamento é crucial. Grupos de suporte também podem ser úteis.

  5. Plano de segurança: Desenvolver um plano que inclua identificar gatilhos, técnicas de autogestão e contactos de emergência.

  1. Comentários sobre querer morrer ou não querer viver mais.
  2. Desesperança persistente, sentindo que nada pode melhorar.
  3. Retirada social e isolamento de amigos e família.
  4. Mudanças abruptas de humor, incluindo calma repentina após períodos de grande angústia.
  5. Preparativos para a morte, como despedir-se de pessoas ou organizar assuntos pessoais.
  6. Perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas.
  7. Alterações no sono, incluindo insónia ou sono excessivo.
  8. Abuso de substâncias, como álcool ou drogas.
  9. Comportamentos de risco, como conduzir de forma imprudente ou envolver-se em situações perigosas